domingo, 26 de outubro de 2014

  SUGESTÕES DE LIVROS SOBRE A TEMÁTICA 
                                 ESPÍRITA


Marco Milani, diretor  do  Departamento do Livro da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – Regional SP preparou uma pequena relação de obras (além das fundamentais) com o intuito de auxiliar aqueles que desejam escolher um livro sobre a temática espírita conforme o perfil do leitor. Essa relação não é exaustiva nem substitui outros livros ou autores que não foram citados. Obras fundamentais do Espiritismo – Allan Kardec a) O Livro dos Espíritos (diversas editoras) b) O Livro dos Médiuns (diversas editoras) c) O Evangelho Segundo o Espiritismo (diversas editoras) d) O Céu e o Inferno (diversas editoras) e) A Gênese (diversas editoras.)

I. Para simpatizantes ou iniciantes que desejam conhecer os princípios doutrinários/realidade espiritual

a) O que é Espiritismo, por Allan Kardec (diversas editoras) 
b) Curso dinâmico de espiritismo, por J.Herculano Pires, Editora Paideia 
c) O sentido da vida, por J.Herculano Pires, Editora Paideia d) Você e os espíritos, por Wilson Garcia – Editora EME

II. Para simpatizantes ou iniciantes que apreciam romances com temática espírita

a) Sublimação, por Yvonne A. Pereira / L. Tolstoi e Charles – Editora FEB b) Há 2000 anos, por Francisco C. Xavier / Emmanuel – Editora FEB c) Voltei, por Francisco C. Xavier / Irmão Jacob – Editora FEB d) Paulo e Estevão, por Francisco C. Xavier / Emmanuel – Editora FEB

III. Para simpatizantes ou iniciantes que vivenciaram situações recentes de desencarne de familiares ou amigos

a) Vida além da vida, por Francisco C. Xavier / Lineu de Paula Jr. - Editora CEU 
b) Consolação diante da morte de um ser querido, por Divaldo P. Franco - Madras Editora 
c) Jovens no além, por Francisco C. Xavier / Espíritos diversos – Editora GEEM 
d) Crianças no além, por Francisco C. Xavier / Marcos – Editora GEEM

IV. Para simpatizantes ou iniciantes com perfil questionador e lógico

a) Mediunidade, por J. Herculano Pires – Editora Paideia 
b) O espírito e o tempo, por J. Herculano Pires – Editora Paideia 
c) Ciência espírita e suas implicações terapêuticas, por J. Herculano Pires - Editora Paideia 
d) Diversidade dos carismas: teoria e prática da mediunidade, por Hermínio Miranda – Editora 3 de Outubro

V. Para crianças e jovens

a) Pai Nosso, por Francisco C. Xavier / Meimei – Editora FEB

b) Tem espíritos no banheiro?, por Tatiana Benites – Editora Correio Fraterno 
c) Os amigos de Eliseu: uma ideia de Maurício, por Elfay L. Appollo e Alzira M. Appollo – Editora O Clarim 
d) O peixinho azul, por Roque Jacinto – Editora FEB


VI. Para adeptos (pesquisadores/estudiosos) que apreciam ciência

a) No invisível, por Leon Denis – Editora FEB 
b) Diálogo com os céticos, por Alfred R. Wallace – Lachâtre Editora 
c) Fatos espíritas, por Willian Crookes – Editora FEB 
d) O Espiritismo nas ciências contemporâneas: textos selecionados do 3º e 7º Encontros Nacionais da Liga de Pesquisadores do Espiritismo – LIHPE, por autores diversos – Editora EME (distribuição CCDPE)

VII. Para adeptos que apreciam romances

a) O sono dos hibiscos, por Lygia B. Amaral – Lachâtre Editora b) Ave Cristo, por Francisco C. Xavier/Emmanuel – Editora FEB c) Devassando o invisível, por Yvonne A. Pereira – Editora FEB d) A esquina de pedra, por Wallace L. Rodrigues – Editora O Clarim

VIII. Para adeptos que apreciam filosofia

a) Agonia das religiões, por J. Herculano Pires – Editora Paideia 
b) Introdução à filosofia espírita, por J. Herculano Pires – Editora Paideia 
c) O porquê da vida, por Leon Denis – Editora FEB 
d) O problema do ser, do destino e da dor, por Leon Denis – Editora FEB

IX. Para adeptos que apreciam aspectos motivacionais e morais

a) Cartas do coração, por Francisco C. Xavier/Emmanuel – Editora FEB 
b) Uma razão para viver, por Richard Simonetti 
c) O homem integral, por Divaldo P. Franco/Joanna de Angelis – Editora LEAL 
d) Em busca da verdade, por Divaldo P. Franco/Joanna de Angelis – Editora LEAL 

X. De interesse geral

a) Kardec, Irmãs Fox e outros, por Jorge Rizzini – Editora EME 
b) Reencarnação 20 casos, por Ian Stevenson – Editora Vida e Consciência 
c) A memória e o tempo, por Hermínio Miranda – Editora 3 de Outubro 
d) A Volta: a incrível e real história da reencarnação de James Huston Jr, por Andrea e Bruce Leininger – Editora Best Seller Ltda



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

   CENTROS ESPÍRITAS VAZIOS?

 
Companheiros encarnados, com justa razão, têm manifestado preocupação com alguns Centros Espíritas vazios, ou seja, pouco frequentados.
Evidentemente que não se pode generalizar, já que muitos outros Centros apresentam excelente média de frequentadores em suas concorridas reuniões.
Quais seriam, porém, os motivos de, talvez, a maioria dos grupos espíritas não estar conseguindo agregar, em suas reuniões, significativo número de frequentadores regulares?
De minha parte, apenas com o propósito de colaborar com os que vêm estudando o assunto, naturalmente preocupados com o futuro do Movimento, tomarei a liberdade de enumerar algumas das razões que consigo vislumbrar:
 
1 – Falta de exemplificação da Mensagem por parte de suas lideranças, que mantêm considerável distância dos frequentadores da Casa – às vezes, sequer os cumprimenta.   
2 – Dirigentes centralizadores, que, por ciúme de seus cargos, não concedem espaço para trabalhar àqueles que estão chegando agora.
3 – Reuniões excessivamente teóricas, priorizando a prática mediúnica em detrimento à prática das tarefas assistenciais, que consideram secundárias.
4 – Ausência de intercâmbio com outros grupos e seareiros, na crítica sistemática contra médiuns e oradores com opiniões divergentes de seus diretores personalistas.
5 – Falta de incentivo aos jovens na Mocidade Espírita, que, praticamente, está se extinguindo.
6 – Pouco ou quase nenhum apoio à Evangelização Infantil, à qual não se destina indispensável investimento humano e espiritual.
7 – Diretores que não se preocupam em formar novos colaboradores da Causa.
8 – Ingerência dos Órgãos Unificadores que apontam o problema, mas não se dispõem auxiliar para que sejam devidamente solucionados.
9 – Carência de verdadeira fraternidade nas reuniões, promovendo necessária abertura aos companheiros que se dedicam à Arte Espírita, tornando a referidas reuniões menos cansativas e rotineiras.
10 – Falta de palestras doutrinárias cujos temas, deixando de ser maçantes e repetitivos, sejam apresentados com certa leveza, interessando a todos.
11 – Buscar a periferia, na certeza de que somente o trabalho na periferia fortalece o Centro – foi assim que o Espiritismo cresceu no Brasil!
12 – Tornar o próprio ambiente físico do Centro mais agradável – iluminado e florido, por exemplo! Reunião espírita não é velório!
13 – Não falar em Kardec sem falar em Jesus, e não falar em Jesus e Kardec sem falar em Chico Xavier.
(?) Com todo o respeito ao autor espiritual (Dr. Inácio Ferreira), esta dica, a nosso ver, requer atenta análise. Será que podemos condicionar a prédica em torno de Jesus à citação do nome do nosso irmão Chico Xavier, por mais que o respeitemos e tenhamos sido beneficiados por seu trabalho, por sua missão? (Editor)
14 – Não pregar moralismo.
15 – Semear e semear, incansavelmente, sem ter pressa de colher.
 Não podendo a referida falha estar na excelência da mensagem que, na revivescência do Evangelho, a Doutrina veicula, ela só pode estar com aqueles que não se mostram aptos para apresentá-la a quem por ela procura.

 

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 10 de junho de 2013.

sábado, 30 de março de 2013


DEVEMOS MALHAR O JUDAS OU A NOSSA ALMA?

Malhação ou Queima de Judas é uma tradição vigente em diversas comunidades católicas e ortodoxas que foi introduzida na América Latina pelos espanhóis e portugueses. É também realizada em diversos outros países, sempre no Sábado de Aleluia, simbolizando a morte de Judas Iscariotes. Consiste em surrar um boneco do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos, doces e jornal, pelas ruas de um bairro e atear fogo, normalmente ao meio dia.

Mas, para nós espíritas, Judas errou como muitos outros apóstolos erraram. Sua fraqueza era a ganância, assim como cada um de nós tem a nossa ou as nossas. Como disse Bezerra de Menezes, “Jesus escolheu doze homens, não doze anjos”. Lembremos que Judas, ao ver o Cristo preso e condenado, arrependeu-se, tanto que foi desesperado procurar os sacerdotes e fariseus para devolver as 30 moedas e depois se enforcar. Mais tarde, se redimiu perante a lei de ação e reação reencarnando como Joanna D’arc que, segundo a semelhança de Jesus, foi traída, vendida, humilhada e morta. Só não foi crucificada. Morreu na fogueira. E o próprio Jesus perdoou a todos que O humilharam e pediram sua morte dizendo: “Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem.” E, se Judas O entregou, a pena de morte foi decretada pelo povo que poderia absolvê-lo quando foi dado a eles escolher entre Jesus e Barrabás. Quem o matou realmente foi a sentença final dada pelo povo. Então, a história de violência deve acabar. Chega de enforcamento, guilhotina, cadeira elétrica, injeção letal, apedrejamento, duelo, campo de concentração, fogueira, paredão, bullying, linchamento que se assemelha a malhação, etc. Afinal, o ensinamento do Cristo é baseado no perdão. Jesus não veio para nos salvar, Ele veio mostrar o caminho da salvação. Ele não levou o pecado do mundo, se fosse verdade o mundo não estaria tão desregrado. Ele veio pedir para modificarmos nossas atitudes usando Seus ensinamentos. Então, aprendamos a perdoar, a respeitar, a tolerar, a amar tudo o que é criação de Deus. Este é o maior respeito que podemos demonstrar a Ele. Malhar qualquer boneco que tenha a figura de Judas, de político ou qualquer outra figura é contrariar Seus ensinamentos. É incentivar a violência. É dar mal exemplo aos nossos jovens e crianças. Ato assim nos faz entender que Sua vinda, ainda hoje, foi pouco compreendida. Jesus deixou sua paz em ensinamento, somos nós que faremos esta paz acontecer através das nossas atitudes. A paz é conquista individual. Ao invés de malharmos o Judas, malhemos a alma, retirando dela os erros e falhas morais. Comecemos perdoando Judas. "Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados." (Mateus, VI - 14-15). Afinal, só deve atirar pedras no pecador aquele que não tem pecado algum (João 8:7)


Texto de Rudymara

sexta-feira, 29 de março de 2013


CENTRO ESPÍRITA ENTRA EM FÉRIAS?


Aprendemos que o Centro Espírita é uma escola e também um hospital para os espíritos encarnados e desencarnados. Mas, escola tira férias e hospital não. Qual devemos seguir?
Conversando com vários espíritas de várias casas espíritas vemos que há muita dúvida sobre o recesso de fim de ano e carnaval das casas espíritas. Uns são a favor e outros contra. Os argumentos são vários: "o movimento cai nessa época do ano", "precisamos descansar", "o ano foi difícil", "outras localidades também fecham", "os dirigentes e médiuns viajam, não compensa abrir", "cai a vibração da casa, não há substitutos à altura", “não podemos parar, os espíritos não tiram férias”, “hospital não fecha”, etc.
Aprendemos sobre as vibrações difíceis da época de carnaval e a facilidade dos ataques espirituais sobre os invigilantes. Assim como aprendemos que na época de Natal as vibrações são excelentes porque pessoas estão mais abertas ao amor, a caridade, a fraternidade, etc., e consequentemente, há facilidade em receber auxílio espiritual. Então, por que não nos unirmos para auxiliar os trabalhadores do Cristo com nossas preces e vibrações na época de carnaval? Por que não reforçar os ensinamentos de Jesus na época de Natal?
Vejamos o que disse Chico Xavier: “Para mim, centro espírita tinha que abrir todo dia, o dia inteiro...Se é hospital, como dizemos, como é que pode estar de portas fechadas?!...O centro precisava se organizar para melhor atender os necessitados. O que impede que o centro espírita seja mais produtivo é a centralização das tarefas; existe dirigente que não abre mão do comando da instituição...Ora, de fato, a instituição necessita de comando, mas de um comando que se preocupe em criar espaço para que os companheiros trabalhem, sem que ninguém esteja mais preocupados com cargos do que com encargos...”
Diante de tal assunto escrevi para Richard Simonetti e pedi sua opinião. Eis o que ele respondeu: “As reuniões públicas, de atendimento fraterno, passes e palestras, não devem sofrer interrupção. No CEAC em Bauru, funcionam ininterruptamente. Assim como hospitais, núcleos de saúde e serviços de utilidade pública, não param nunca. Colaboradores que viajam são substituídos por companheiros. Cursos em andamento são interrompidos na segunda quinzena de dezembro. Voltam em fevereiro. Cursos novos começam em março. Grupos mediúnicos interrompem atividades por duas semanas, no final do ano. Voltam logo no início. Biblioteca, Livraria, tesouraria, funcionam sem interrupção.”
Como vemos, uma grande parte dos trabalhos devem ser tratados como HOSPITAL, porque pedem um socorro imediato. Já o estudo pode ser tratado como ESCOLA, podendo ter uma pausa maior.
Elias B. Ibraim escreveu para o Jornal “Verdade e Luz” de Ribeirão Preto (Edição abril/98): “Todos temos consciência de que dirigentes e médiuns podem viajar, evidentemente. Eles fazem jus ao direito de visitar parente, amigos, confraternizar. O que eles não tem direito é de fechar o Centro Espírita. Nas suas ausências, companheiros e companheiras, preparados, devem substituí-los. Pode, inclusive, ser adotado o sistema de rodízio para efeito de faltas, desde que não sejam prejudicadas as atividades do Centro.”
Jesus disse: “Deus trabalha até hoje e eu também”. Portanto, não tiram férias. Os espíritos não disseram que Jesus é nosso guia e modelo? Então, sigamo-Lo.
Quando dizemos que Divaldo e Chico nunca tiraram férias do Espiritismo costumamos ouvir: “Não estou preparado. Estou longe da evolução deles.” Perguntemos: “Quando estaremos preparados?” “Por que, muitos de nós, só agimos diante da dor e quando nos é conveniente?” “No trabalho remunerado não faltamos e não tiramos além de 30 dias de férias no ano. Por que com a parte espiritual somos negligentes?” Precisamos lembrar que a cobrança será maior pelo que deixamos de fazer, do que pelo que fizemos. E que serão mais cobrados aqueles que mais entendimento tiver.


(Texto escrito por Rudymara)

quinta-feira, 28 de março de 2013


              PÁSCOA NA VISÃO ESPÍRITA



Páscoa é uma palavra hebraica que significa "libertação". Esta festa surgiu para comemorar a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito, através de Moisés.
Assumida pelos cristãos (católicos), a Páscoa Cristã é para eles, a lembrança de que Deus liberta seu povo dos “pecados” (erros), através de Jesus Cristo, novo cordeiro pascal. A comemoração acontece na época em que se lembra a crucificação de Jesus. Começa, infelizmente, após o término do carnaval, onde muitos já transgrediram Seus ensinamentos e termina no domingo onde Ele ressurgiu dos "mortos" para mostrar que Ele continua vivo e aguardando que O sigamos.
“Cristo é a nossa Páscoa (libertação), pois Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” - (João, 1:29). João usou o termo Cordeiro, porque usava-se na época de Moisés, sacrificar um cordeiro para agradar á Deus. Portanto, dá-se a idéia de que, Deus sacrificou Jesus para nos libertar dos pecados. Mas para nos libertarmos dos “pecados”, ou seja, dos nossos erros, das nossas falhas morais, devemos estar dispostos a contribuir, utilizando os ensinamentos do Cristo como nosso guia. Porque Jesus não morreu para nos salvar; Jesus viveu para nos mostrar o caminho da salvação. Esta palavra “salvação”, segundo Emmanuel, vale por “reparação”, “restauração”, “refazimento”. Portanto, “salvação” não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é "libertação" de compromisso; é regularização de débitos. Como diz a bandeira do Espiritismo: "Fora da Caridade não há Salvação". Então, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não estaremos salvos, livres das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade. Portanto, aproveitemos mais esta data, para revermos os pedidos do Cristo, para "renovarmos" nossas atitudes.
Como disse Celso Martins, no livro "Em busca do homem novo", baseando-se nas palavras de Paulo de Tarso, em 4 ef. vs. 22/23 : "Que surja o homem novo a partir do homem velho. Que do homem velho, coberto de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de preconceito, ou seja, coberto de ignorância e inobservância com relação às leis morais, possa surgir, para ventura de todos nós, o homem novo, gerado sob o influxo revitalizante das palavras e dos exemplos de Jesus Cristo, o grande esquecido por muitos de nós, que se agitam na sociedade tecnológica, na atual civilização dita e havida como cristã. Que este homem novo seja um soldado da paz neste mundo em guerras. Um lavrador do bem neste planeta de indiferença e insensibilidade. Um paladino da justiça neste orbe de injustiças sociais e de tiranias econômicas, políticas e/ou militares. Um defensor da verdade num plano onde imperam a mentira e o preconceito tantas vezes em conluios sinistros com as superstições, as crendices e o fanatismo irracional. Que este homem novo, anseio de todos nós, seja um operário da caridade, como entendia Jesus: benevolência para com todos, perdão das ofensas, indulgência para com as imperfeições alheias."
Por isso, nós Espíritas, podemos dizer que, comemoramos a páscoa todos os dias. A busca desta “libertação” e/ou "renovação" é diário, e não somente no dia e mês pré determinado. Queremos nos livrar deste homem velho. Mas respeitamos a cultura e os costumes dos povos em geral, que ainda necessita de rituais. Que ainda dá maior importância para o coelhinho, o chocolate, o bacalhau, etc., do que renovar-se. Que acha desrespeito comer carne vermelha no dia em que o Cristo é lembrado na cruz. Sem se dar conta que o desrespeito está em esquecer-se Dele, nos outros 364 dias do ano, quando odiamos, não perdoamos, lesamos o corpo físico com bebidas alcoólicas, cigarro, comidas em excesso, drogas, sexo desregrado, enganamos o próximo, maltratamos os animais, a natureza, quando abortamos, etc. Aliás, fazemos na páscoa o que fazemos no Natal. Duas datas para reflexão e início de renovação nas atitudes. Mas que confundimos, infelizmente, com presentes, festas, comidas, etc.
Portanto, quando uma instituição espírita se propõe a distribuir ovos de páscoa aos carentes não significa que esteja comemorando esse dia, apenas está cumprindo o preceito de caridade, distribuindo um pouco de alegria aos necessitados. Aproveitando a ocasião para esclarecer o pensamento da Doutrina sobre a data.



Compilação feita por Rudymara do Grupo de Estudo Allan Kardec 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Aqui é um Centro Espírita?

David Bianchini

Paulo silenciou por alguns instantes. A pergunta, que sempre tivera uma resposta automática, agora o levava a profundas reflexões. Aquelas paredes, as reuniões e todas aquelas pessoas que vinham em busca de auxílio...

Lembrou-se de como tudo começara. Fora a vontade de ajudar uma senhora, carinhosamente chamada de Naná por todos que a conheciam, já idosa e de cabelos brancos, portadora de interessantes dons mediúnicos, que o levou a reunir um grupo de amigos, alugar uma casa e iniciar um trabalho mais organizado de ajuda aos que vinham buscar, naqueles dons, lenitivo para suas dores.

E eram muitos os que chegavam e que ajudados partiam, voltando outras vezes com outros pedidos ou com amigos também desesperados. Muitos, multidões. Esses mesmos é que chamaram o lugar de Centro Espírita. Talvez, porque acontecesse o aconselhamento aos desesperados, por Espíritos que falavam com os recursos de Dona Naná, ou por causa da água que depois da prece parecia curar as dores de alguns, ou mesmo da paz que todos levavam de volta a seus lares quando partiam...

Mas, cismava Paulo, seria ali um Centro Espírita?

De início, ele sempre sorria e afirmava confiante que ali era o Centro Espírita da Dona Naná. Aceitara sem questionar a afirmação, até que lhe perguntaram o que significava a palavra "espírita"? Percebendo sua ignorância, e como era um dos responsáveis pelo lugar, saiu à procura do conhecimento. Então descobriu Kardec, a Codificação e se pôs a estudar e a refletir... Percebeu que os fenômenos mediúnicos aconteciam desde há muito tempo e em diversas escolas religiosas.

Exemplos claros de mediunismo se percebem nos cultos afro-brasileiros, na manifestação do "espírito santo" que cura nos cultos evangélicos, assim como estiveram presentes nas pitonisas e adivinhos nas religiões do passado.

O fato de ser uma casa onde se manifestam os Espíritos, portanto, não bastaria para que o local fosse denominado ou credenciado como "Centro Espírita". Outros locais também prestavam socorro aos necessitados. Sem conotações religiosas, muitos homens de boa vontade se organizam na prática da solidariedade, objetivando minimizar o sofrimento humano.

São tantas outras "casas e centros" não religiosos que reequilibram socialmente as pessoas que batem às suas portas, em busca de apoio e orientação, e que trabalham para uma vida social mais justa e harmoniosa. Tão só ministrar essa ajuda solidária não caracteriza uma casa como Centro Espírita, mesmo que um "bom Espírito" esteja na orientação dessas atividades caridosas.

Paulo compreendeu que nem mesmo a junção das duas características acima seriam suficientes para caracterizar corretamente o Centro Espírita. Recordou que as palavras Espiritismo e espírita (ou ainda espiritista) só passaram a figurar dos dicionários a partir do instante em que Allan Kardec criou esses termos para designar a Doutrina que codificara e os seus seguidores.

O senso comum, presente no povo, a tudo dava uma feição generalizada e simplória. Mas os dirigentes e semeadores da Terceira Revelação - percebeu Paulo - não podem equivocar-se quanto aos princípios e os postulados básicos dessa Doutrina, pois serão cegos a conduzir outros cegos!

O papel do Centro Espírita transcende o auxílio material e o serviço solidário. Em primeiro lugar, é escola da alma. No Centro Espírita compreendemos o significado da existência, o porquê das vicissitudes que enfrentamos em nossa jornada terrena. Nele, bebemos as lições que o Espírito de Verdade veio trazer à Terra, revelando-nos uma nova visão de Deus e ensejando-nos o entendimento ampliado das leis que regem a vida em todos os cantos do universo.

Antes do conforto material dispensado ao carente, antes da cura de uma enfermidade, o Centro Espírita é caminho para o entendimento do Evangelho de Jesus. É o ponto de luz, o farol a clarear a senda escura de quem procura a Verdade. Aí reside sua maior finalidade: educar o ser humano, no sentido mais profundo do termo, para ultrapassar os limites temporais da existência corpórea e enxergar-se como Espírito imortal, viajante no tempo, herdeiro de suas ações e construtor do seu amanhã.

Tem o Centro Espírita, por missão, libertar a criatura dos condicionamentos psicológicos a que foi acorrentada, durante séculos, pelas igrejas dogmáticas, que tanto medo infundiram nas massas com um Deus impiedoso ameaçando as consciências culpadas com as labaredas do fogo eterno...

O Centro Espírita, que educa o ser, constrói a consciência, fortalece a vontade para o bom combate. Falamos da luta travada contra as próprias imperfeições, a luta contra o orgulho e o egoísmo.

Para que um Centro possa ser verdadeiramente Espírita, será preciso, portanto, que assuma primeiramente esse papel de condutor de almas. Do contrário, poderá reduzir-se a um posto distribuidor de víveres ou fornecedor de passes, água energizada, aconselhamentos e paparicos, correndo assim mesmo o risco de ouvir as queixas da ingratidão.

Ensinemos, por isso, aos que mendigam a luz, o caminho do autoconhecimento e da transformação moral. Ao pão do corpo, acrescentemos o alimento para a alma, que está no Evangelho de Jesus, desdobrado no conhecimento espírita. E, em vez do passe compulsório, apontemos o serviço da caridade, em favor de si mesmo e do semelhante.

Agindo assim, poderá o dirigente responder com segurança à indagação, dizendo: Sim, aqui é um Centro Espírita.

"Para que um Centro possa ser verdadeiramente Espírita, será preciso, portanto, que assuma primeiramente esse papel de condutor de almas..."

 
Extraído do jornal Alavanca - jan/98
(Jornal Mundo Espírita de Março de 1998)
 
 Sugestões de livros
sobre a temática espírita

Departamento do Livro da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – Regional SP, preparou uma pequena relação de obras (além das fundamentais) com o intuito de auxiliar aqueles que desejam escolher um livro sobre a temática espírita conforme o perfil do leitor. Essa relação não é exaustiva nem substitui outros livros ou autores que não foram citados.
 
OBRAS FUNDAMENTAIS DO ESPIRITISMO – Allan Kardec
 
O Livro dos Espíritos (diversas editoras)
O Livro dos Médiuns (diversas editoras)
O Evangelho Segundo o Espiritismo (diversas editoras)
O Céu e o Inferno (diversas editoras)
A Gênese (diversas editoras)



I. PARA SIMPATIZANTES OU INICIANTES QUE DESEJAM CONHECER OS PRINCIPÍOS DOUTRINÁRIOS/REALIDADE ESPÍTIRUAL
 
O que é Espiritismo, por Allan Kardec (diversas editoras) Curso dinâmico de espiritismo, por J.Herculano Pires, Editora Paideia
O sentido da vida, por J.Herculano Pires, Editora Paideia
Você e os espíritos, por Wilson Garcia – Editora EME
 
II. PARA SIMPATIZANTES OU INICIANTES QUE APRECIAM ROMANCES COM TEMÁTICA ESPÍRITA

Sublimação, por Ivone Pereira / L. Tolstoi e Charles – Editora FEB
Há 2000 anos, por Francisco C. Xavier / Emmanuel – Editora FEB
Voltei, por Francisco C. Xavier / Irmão Jacob – Editora FEB
Paulo e Estevão, por Francisco C. Xavier / Emmanuel – Editora FEB
 
 
III. PARA SIMPATIZANTES OU INICIANTES QUE VIVENCIARAM SITUAÇÕES RECENTES DE DESENCARNE DE FAMILIARES OU AMIGOS

Vida além da vida, por Francisco C. Xavier / Espíritos diversos – Editora CEU  Consolação diante da morte de um ser querido, por Divaldo P. Franco, Madras Editora
Jovens no além, por Francisco C. Xavier / Espíritos diversos – Editora GEEM
Crianças no além, por Francisco C. Xavier / Marcos – Editora GEEM
 

IV. PARA SIMPATIZANTES OU INICIANTES COM PERFIL QUESTIONADOR E LÓGICO 

Mediunidade, por J. Herculano Pires – Editora Paideia
O espírito e o tempo, por J. Herculano Pires – Editora Paideia 
Ciência espírita e suas implicações terapêuticas, por J. Herculano Pires - Editora Paideia
Diversidade dos carismas: teoria e prática da mediunidade, por Hermínio Miranda – Editora 3 de Outubro
 
 
V. PARA CRIANÇAS E JOVENS

Coleção Histórias, Fatos e Parábolas do Evangelho de Jesus Para Crianças, por Público Carísio de Paula – Minas Editora
Tem espíritos no banheiro, por Tatiana Benites – Editora Correio Fraterno
Os amigos de Eliseu: uma ideia de Maurício, por Elfay L. Appollo e Alzira M. Appollo – Editora O Clarim
Aventuras de Fraterninho, por Iracema Sapucaia – Editora Correio Fraterno
 
 
VI. PARA ADEPTOS (pesquisadores/estudiosos) QUE APRECIAM CIÊNCIA

No invisível, por Leon Denis – Editora FEB
Diálogo com os céticos, por Alfred R. Wallace – Lachâtre Editora
Fatos espíritas, por Willian Crookes – Editora FEB
O Espiritismo nas ciências contemporâneas: textos selecionados do 3º e 7º Encontros Nacionais da Liga de Pesquisadores do Espiritismo – LIHPE, por autores diversos – Editora EME (distribuição CCDPE)
 
 
VII. PARA ADEPTOS QUE APRECIAM ROMANCES

O sono dos hibiscos, por Lygia Barbiére Amaral – Editora Correio Fraterno 
Ave Cristo, por Francisco C. Xavier/Emmanuel – Editora FEB 
Devassando o invisível, por Yvonne A. Pereira – Editora FEB 
Memórias de um suicida, por Yvonne A. Pereira/C. Castelo Branco – Editora FEB


VIII. PARA ADEPTOS QUE APRECIAM FILOSOFIA

Agonia das religiões, por J. Herculano Pires – Editora Paideia 
Introdução à filosofia espírita, por J. Herculano Pires – Editora Paideia 
O porquê da vida, por Leon Denis – Editora FEB 
O problema do ser, do destino e da dor, por Leon Denis – Editora FEB
 
 
IX. PARA ADEPTOS QUE APRECIAM ASPECTOS MOTIVACIONAIS E MORAIS

Cartas do coração, por por Francisco C. Xavier/Emmanuel – Editora FEB 
Uma razão para viver, por Richard Simonetti 
O homem integral, por Divaldo P. Franco/Joanna de Angelis – Editora LEAL 
Em busca da verdade, por Divaldo P. Franco/Joanna de Angelis – Editora LEAL


X. DE INTERESSE GERAL


Kardec, Irmãs Fox e outros, por Jorge Rizzini – Editora EME 
Reencarnação 20 casos, por Ian Stevenson – Editora Vida e Consciência
A memória e o tempo, por Hermínio Miranda – Editora 3 de Outubro
A Volta: a incrível e real história da reencarnação de James Huston Jr, por Andrea e Bruce Leininger – Editora Best Seller Ltda
http://useregionalsp.com.br/portal/livros